Novas unidades vão atender famílias com renda até R$ 2,6 mil, pelo programa Minha Casa Minha Vida
A expectativa da Cohab-LD (Companhia de Habitação de Londrina) neste início de 2020 é de que famílias com renda mensal de até R$ 2,6 mil adquiram o próprio imóvel com um financiamento facilitado. Para isso, pelo menos 412 unidades habitacionais deverão ser entregues na zona norte pela parceria entre a prefeitura de Londrina e a Caixa Econômica Federal. As famílias devem se enquadrar na faixa 1,5 e 2 do PMCMV (Programa Minha Casa Minha Vida) que, segundo o presidente da Cohab-LD, Luiz Cândido de Oliveira, não segue critério prioritário de ordem de cadastro.
“Embora façamos edital de chamamento público, trata-se de um financiamento habitacional. Os interessados devem fazer ou atualizar o cadastro para poderem participar de determinado empreendimento”, diz. Nesse molde, o município concede o terreno e as famílias recebem um subsídio de até R$ 47,5 mil, podendo pagar em até 30 anos com taxas de juros de 5% ao ano.
EM CONSTRUÇÃO
Nos fundos do conjunto Vivi Xavier (zona norte), 72 unidades de um total de 128 devem ser entregues em março. O residencial Villagio 1, 2, 3 e 4, localizado no bairro Cancún, possui dois módulos - de 24 e 48 metros quadrados - e está sendo construído pela parceria entre a prefeitura municipal, Caixia e a iniciativa privada. Outro empreendimento que está sendo construído em parceria é o Floratta, no Patrimônio Heimtal. O projeto prevê 208 unidades e cerca de 70% dos imóveis já foram comercializados. Segundo Oliveira, as primeiras unidades devem ser entregues em julho.
O mesmo acontece no Portal do Manacá, no bairro Peroba Rosa, também na zona norte. O terreno foi cedido pela Cohab e as unidades (total de 240) estão sendo construídos pela iniciativa privada. A obra aguarda a comercialização de 100% (faltam cerca de 70 unidades) para liberação das obras. Oliveira explica que o Manacá é apenas um entre vários módulos que estão previstos para sair do papel neste ano. “Será um total de 888 moradias somente deste projeto”.
No jardim Viena, outras 76 residências já foram planejadas e aguardam a liberação da Caixa. “O total é de 1.262 unidades habitacionais em contratação, aguardando liberação. Outro exemplo é o Residencial Lindoia, com 208 apartamentos na zona Leste. O projeto já foi aprovado”, afirma.
LOTES URBANIZADOS
A Cohab-LD projeta ainda para este ano o lançamento dos lotes urbanizados. Oliveira explica que essa será a primeira experiência no município e o edital – que já foi suspenso para alterações - será relançado entre os dias 13 e 15 de janeiro para contratação da empresa que executará as obras na zona norte.
O primeiro loteamento terá o nome de Jequitibá. “São 401 lotes, localizados abaixo do parque São Jorge, jardim Nova Conquista, João Turquino e Nova Esperança. Acreditamos que a obra durará oito meses. A intenção é atender famílias de baixa renda, evitando novas ocupações irregulares”, detalha.
A oferta de loteamento pronto faz parte do programa da Cohab-LD “Moradia Digna”, que disponibilizará aproximadamente R$ 5 milhões. “A Cohab irá fornecer também a tipologia para seguir um padrão (das residências) e cada família constrói sua unidade com recursos próprios”, conclui.
OCUPAÇÕES
Para as quatro mil famílias em situação de extrema pobreza em Londrina, o presidente da Cohab-LD, Luiz Cândido de Oliveira, explica que o governo federal está revendo as questões relacionadas às moradias populares. “Em dezembro estivemos em Brasília, mas não se tem nada definido ainda para 2020. Nada que aponte um horizonte para as famílias que se enquadram na faixa 1 do programa (renda mensal de até um salário mínimo)”.
No município, Oliveira diz que a prefeitura tem estudado alternativas para habitações de interesse social. Uma delas são as regularizações fundiárias que incidem em áreas que estão ocupadas há muitos anos e, portanto, as famílias têm direito adquirido. "Estamos disponibilizando a área de propriedade da Cohab para que essas famílias sejam realocadas e tenham a documentação do imóvel. Isso evita a burocratização”, comenta. Para este ano, quatro áreas estão sendo estudadas: jardim São Rafael, União da Vitória, Shekinah e Vila Marízia.
Ela falou também sobre a situação do Residencial Flores do Campo (zona norte), ocupado de forma irregular desde outubro de 2016.No último levantamento oficial, em abril de 2019, cerca de 145 famílias estavam vivendo no local. “O governo tem a intenção de concluir a obra, mas as famílias precisam sair do empreendimento. Para tentar solucionar isso de forma mais rápida, uma das propostas do município é ofertar uma área para que essas pessoas possam permanecer dentro do processo de seleção e serem até atendidas dentro desse empreendimento”, afirma.
Fonte: Folha de Londrina