Debate sobre a tecnologia no Registro Civil contou com a presença de especialista em segurança da computação e de conselheiras do CNJ
Bonito (MS) - O Congresso Nacional do Registro Civil - Conarci 2019 teve no período da tarde desta quinta-feira (21.11), um intenso debate sobre a Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional) e a Identidade Digital, em painel que contou com a presença do especialista em ciência da computação, Ricardo Custódio, e da conselheira do Conselho Nacional de Justiça, Maria Tereza Uile Gomes.
Doutor em ciência da computação e professor supervisor do Laboratório de Segurança da Computação da Universidade Federal de Santa Catarina, Ricardo Felipe Custódio iniciou sua fala pontuando os diferentes tipos de documentos de identidade existentes no país, como oficiais, de estudante e de serviços específicos. Falou ainda das modificações e o futuro do documento de identidade brasileiro.
Custódio detalhou também a constante presença da tecnologia no registro civil, bem como sua evolução com a migração da máquina de escrever para o computador e a vinda da internet. Finalizou sua palestra abordando o tema da assinatura e da certificação digital de chave pública, enfatizando a tecnologia blockchain voltada para a atividade extrajudicial.
Segundo o palestrante, o blockchain, também conhecido como “o protocolo da confiança”, “não serve para assinar documentos e sim, para criar um vínculo de informações, de maneira que não possa ser alterado, garantindo a integridade dos dados”, explicou o professor.
Na sequência, o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) e coordenador da CRC Nacional, Luís Carlos Vendramin Júnior, prosseguiu com o debate ao frisar a importância da plataforma para modernizar a entrega dos serviços oferecidos pelos cartórios. “O grande desafio é digitalizarmos os nossos serviços e também prosseguirmos com o projeto de uma identidade digital para os brasileiros”, salientou.
Vendramin destacou ainda assuntos relacionados ao Ofício da Cidadania, ao Provimento nº 74, bem como a necessidade do registro civil dominar o processo da certificação digital. Fez uma análise sobre o serviço de registro oferecido no Chile e as particularidades do sistema implementado naquele país, fazendo uma comparação com o cenário brasileiro.
Presente no evento, a conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Maria Tereza Uille parabenizou a Arpen/BR pelo evento e indicou que o registro civil tem nas mãos o ato de maior responsabilidade e resultado no que diz respeito aos dados da população. “Acredito muito no trabalho e nos serviços oferecidos pelo registro civil, pois são os responsáveis pelo surgimento e manutenção das informações da sociedade”, salientou.
O painel da tarde contou ainda com a contribuição do presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpen/RJ), Alan Do Nascimento Oliveira e do assessor especial da Arpen, Cláudio Machado Muniz Cavalcanti.
O Conarci 2019 é organizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR), com o apoio da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de Mato Grosso do Sul (Arpen/MS) e acontece até o dia 22 de novembro, em Bonito (MS).
Fonte: Assessoria de imprensa Arpen/BR